Nova Série – 17
Autor – Professor Leonides Alves Filho
Data – 17/06/2025 – Terça-feira
O Banco Central do Brasil, todas as segundas-feiras, publica o Relatório Focus, no qual apresenta os principais indicadores macroeconômico da economia brasileira, com dados atualizados, quase em tempo real, resultado de reuniões realizadas na semana anterior com mais de 100 especialistas, fato que traduz a fidedignidade das informações, permitindo principalmente ao empresariado formular projeções com segurança.
Nesta semana, a pesquisa do Banco apresentou dados predominantemente positivos, demonstrando uma tendência de redução do IPCA (inflação); Aumento do Produto Interno Bruto – PIB; Redução da Taxa de Câmbio; Manutenção da Taxa Selic, embora muito alta, entretanto, estável; Diminuição do IGPM; Redução do IPCA Administrados, além da manutenção dos indicadores que demonstraram estabilidade representadas pelos investimentos diretos do País e, também, pelo saldo da Balança Comercial. A tabela abaixo quantifica os diversos indicadores, publicados na íntegra, ora integralmente divulgado:

Fonte: Relatório Focus do Banco Central, publicado em 13 de junho de 2025.
A análise dos dados, demonstra que a economia brasileira tem enfrentado com consistência a desorganização provocada pelo tarifaço, imposto pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump, cujo aumento das tarifas variou entre 10 a 145%, sob alegação dos Estados Unidos de que o País precisava recuperar os prejuízos acumulados, historicamente, com tarifas extremamente baixas, quando os Estados Unidos importavam de outros países, decisão essa, que não teve nenhuma preocupação com impacto negativo dessas políticas sobre centenas de países em todo o Mundo.
Ao lado dessas dificuldades somam-se guerras entre Rússia e Ucrânia; Israel e Hamas e Jihad Islâmica Palestina e, a partir da semana passada, guerra entre Israel e Irã. As instabilidades políticas e econômicas decorrentes das guerras, tendem a gerar instabilidade no campo internacional com preocupações enormes, com possível aumento do preço do petróleo, entretanto, não conseguiram gerar uma instabilidade total na economia mundial, estando os governantes procurando minimizar as dificuldades, através de negociações diplomáticas, alternativas mais eficazes para conduzir as contradições para posições sociologicamente de acomodação.
As Autoridades brasileiras, com todas as dificuldades internas têm conseguido superar as crises, inclusive entre os poderes numa tentativa de harmonizar os interesses, às vezes, contraditórios entre o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário.
SELIC
O Banco Central, a parti de amanhã, nas próximas 48 horas, reunirá o Comitê de Política Monetária – COPOM, para analisar o quadro inflacionário e a necessidade de intervir na taxa de juros da Selic, atualmente em 14,75%, principal instrumento monetário utilizada pelo Banco para controlar e diminuir o processo inflacionário.
Ressalte-se que a Selic, taxa de juros do Brasil, é uma das mais altas do Mundo. Os mercados encontram-se divididos quanto a postura do Banco Central, sendo que um grupo representativo, acredita que o COPOM manterá a taxa de juros, nos atuais 14,75%, enquanto, um grupo menor de especialista entende que poderá haver o aumento de 0,25%, alcançando a Selic o percentual de 15%.
A conjuntura econômica poderá permitir ao Banco Central a manutenção da taxa de 14,75%, principalmente considerando a tendência do comportamento dos dados macroeconômicos publicados pelo próprio Banco Central, constantes da tabela acima. Na verdade, os indicadores apresentam tendência reduzida, entretanto, no sentido positivo, demonstrando que embora as dificuldades financeiras sejam enormes a economia apresenta tendência positiva quanto ao processo inflacionário.





